A próxima bifurcação forte do Bitcoin SV, programada para 4 de fevereiro de 2020, inabilitará a recepção de fundos nas carteiras BSV do BitGo, companhia dedicada á custódia de criptomoedas. O startup informou que a mudança de consenso na rede fará que as saídas Pay-to-Script-Hash (P2SH) sejam invalidadas.
Um engenheiro da companhia identificado como Murch, publicou um artigo nesta terça-feira, 17 de dezembro, na qual adverte que logo da bifurcação, as carteiras não poderão receber fundos, mas poderão ser gastados.
Os desenvolvedores do protocolo Bitcoin Satoshi´s Vision (BSV) tem programado o hardfork Genesis em 4 de fevereiro de 2020. Essa mudança da regra de consenso tornará inválidas as saídas Pay-to-Script-Hash (P2SH). Dado que as carteiras BSV de BitGo usam endereços várias assinaturas baseadas em P2SH, a mudança do protocolo tornará que os moedeiros BSV do BitGo não possa receber fundos.
Uma vez realizada a bifurcação forte a maioria das funções da carteira ficarão inabilitadas. No entanto, o desenvolvedor assinalou que os fundos que se mantenham no moedeiro sem ser gastos podem ser enviados.
O BitGo recomenda aos seus usuários com o Bitcoin SV tomar uma das duas previsões possíveis: converter os fundos em bitcoin (BTC) ou mover os fundos a uma carteira externa com suporte para o BSV.
Padrão P2SH
O fabricante de carteiras frias Trezor define o padrão P2SH como um tipo avançado de transação usado em Bitcoin, e outras criptomoedas semelhantes, que lhe permite ao remitente comprometer fundos a um hash de um script válido. Atualmente seu uso é comum para transações de várias assinaturas e SegWit não nativas, destaca a companhia. Para comparação, o Trezor oferece suporte ao P2SH quando se trata de scripts P2WPKH-en-P2SH e várias assinaturas-en-P2SH, outras versões não são processadas.
Conforme a página web “Learn me a bitcoin”, o P2SH se introduz como um script padrão em abril de 2012, o qual permite “bloquear bitcoins no hash de um script, e logo fornecer esse script original quando desbloqueia esse bitcoins”.
Serviço de custódia
O BitGo foi autorizado nos Estados Unidos, em setembro do ano passado, para oferecer o serviço de custódia de criptomoedas. Desde então, ele se tornou um dos maiores custódios do BTC no mercado. Mesmo em novembro desse ano, a empresa salientou que estava processando 20% das transações de Bitcoin.
Em fevereiro será a segunda bifurcação forte do Bitcoin SV em sete meses logo que em julho desse ano se executou um hardfork para estender o limite do tamanho do blocos levando-o em 2 GB.
Imagem destacada: colagem de CriptoNoticias com imagens por monsitj y Wit / stock.adobe.com
Traduzido de: CriptoNoticias