O serviço latino-americano de comércio eletrônico Mercado Livre informou aos seus usuários de Brasil que, a partir desta terça-feira 19 de março, entra em vigência uma modificação nas condições para a comercialização de criptomoedas, não uma proibição para seu intercâmbio como se difundiu em meios de comunicação. Através de um correio eletrônico, a empresa convidou aos usuários a desativar as ofertas relacionadas com criptomoedas na categoria de “produtos usados”.
A empresa informou que as categorias de criptomoedas e de cartões pré-pagos para jogos, que estejam nesta condição, serão desativados, em caso que o usuário não o faça previamente. Citado pelos meios locais, Mercado Livre assinalou o seguinte:
Mercado Livre esclarece que, a partir de 19 de março, os anúncios de criptomoedas que estejam ativos no site na condição de (produtos) “usados”, serão automaticamente finalizados e os novos anúncios só poderão ser criados pela condição de produtos “novos”.
Equipe de Mercado Livre
De acordo com o anterior, Mercado Livre muda às políticas para a comercialização dos criptoativos, mas não os proíbe. A companhia esclareceu que seguirá permitindo os anúncios, mas estes devem ajustar-se à categoria de produtos novos. Meios locais revelaram que Mercado Livre Brasil possui 5.638 anúncios com o termo bitcoin, outros 9.326 com a palavra criptomoedas e com o termo ethereum há 2.636.
Não está claro se a medida será aplicada para outros 17 países latino-americanos nos que Mercado Livre mantém operações. A companhia tampouco ofereceu detalhes sobre as razões que derivaram esta decisão. Na Argentina, por exemplo, se podem adquirir bitcoins através de MercadoPago e Ripio.
O preço das criptomoedas usualmente é mais caro em plataformas como Mercado Livre, onde os comerciantes as oferecem até um 30 % de aumento ao comparar seu custo nos mercados tradicionais. Dessa percentagem é que os vendedores obtêm seu benefício.
A medida da empresa, de origem argentino, ocorre logo de que se assinasse um acordo com PayPal para desembolsar 750 milhões de dólares estadunidenses em investimentos. Não é claro se este acordo pôde incidir na tomada de decisão relacionada com os criptoativos.
Imagem destacada por mercadolibre.com
Traduzido de: CriptoNoticias