Atualmente, duas casas de câmbio físicas permitem que os cidadãos peruanos a compra de criptomoedas com moeda fiduciária. Um dos locais está na capital, Lima, enquanto o outro se localiza na cidade de Arequipa.
Os dois comércios pertencem á criptobolsa local 9780bitcoin.com. O primeiro, na Arequipa, funciona desde agosto do ano passado. Por sua vez, a sucursal da capital está em funcionamento desde fevereiro deste ano.
Desde o CriptoNoticias falamos com Sergio Rivera Velarde, o gerente da casa de câmbio peruana, para conhecer mais detalhes do serviço, com o qual esperam promover “a aproximação do ‘grande público’ para o mundo das criptomoedas”.
“Percebemos que é necessária uma operação presencial e com assessoria personalizada para as transações com usuários não especializados. Em nossas lojas, atendemos muitas vezes a pessoas maiores ou que estão apenas começando a ter contato com as criptomoedas”
Sergio Rivera Velarde, gerente, 9780bitcoin.com
Atualmente, eles trabalham negociando com bitcoin, ether, zcash, dash e bitcoin gold. No entanto, esta última deixará seu portfólio em resposta á baixa demanda que tem tido, além da “confusão que gera com bitcoin por parte de usuários não especializados”. Em seu lugar, confirma Rivera, incluirão a litecoin. Também esperam incluir num futuro a stellar e Ripple, respondendo á demanda que ambas tiveram até agora.
Apesar do interesse em vários criptoativos, o gerente do projeto assegura que o bitcoin segue representando 90% das vendas. É lógico, tendo em conta que é a criptomoeda pioneira do ecossistema, além de ter a maior capitalização do mercado e manter uma dominância superior ao 50%.

A casa de câmbio, tanto física como o serviço em linha, tem fixada uma comissão de 5 dólares por operação que paga o cliente ao momento da troca. Entre as opções de pagamento em suas lojas, destacam-se as transferências bancárias em ambas as sucursais. Em Arequipa também aceitam pagamentos em dinheiro, algo que planejam incorporar na loja em Lima.
CRIPTOECOSSISTEMA NO PERU
Á medida que a popularidade das criptomoedas cresceu na região latino-americana, o Peru também vem aumentando seus níveis de comércio com criptoativos.
Para outubro do ano passado, o comércio de mais de 550 BTC no portal de intercâmbio P2P LocalBitcoins representava um número recorde no país. Esses números seguiram crescendo nos meses posteriores, até fevereiro deste ano do Peru foram negociados mais de 1.550 BTC no website de intercâmbio de bitcoins, de acordo com os dados do portal Coin Dance.
Entre março e o final de abril, essas cifras tem diminuído, embora seguem estando por acima dos registros de outubro passado. De fato, em nenhum momento desde a semana de 17 de novembro foi negociado menos de 160 BTC por semana.
POSTURA OFICIAL E REGULAMENTO
No país sul-americano ainda não se tem emitido um quadro regulatório para o uso das criptomoedas. No entanto, suas autoridades já voltaram sua atenção para o ecossistema, em resposta ao crescente interesse dos cidadãos.
Como exemplo mais recente, destaca-se uma advertência emitida em novembro passado pela Superintendência do Mercado de Valores do Peru. Através de um comunicado, o regulador local assinalou os “riscos potenciais” que poderiam levar á aquisição de criptoativos para os possíveis investidores.
Nas mesmas datas, o Banco Central havia-se manifestado sobres os riscos do criptomercado, particularmente referindo-se à volatilidade dos preços como um fator que gerava “desconfiança” na entidade.
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Traduzido de: CriptoNoticias