Hackers na Argentina ofereceram um pagamento em bitcoin por cometer magnicídio contra Mauricio Macri, presidente do país sul-americano. O crime por encomenda foi solicitado por criminosos cibernéticos após sequestrar a conta oficial do Twitter de um governo regional.
Depois de assumir o controle desse meio, os hackers publicaram uma série de mensagens ameaçadoras contra a integridade do presidente da Argentina e sua família, e incitaram a cometer o assassinato garantindo que pagariam com bitcoin. Isso, embora seja bem conhecido que o bitcoin é um meio de pagamento rastreável, o qual poderia revelar desconhecimento de estes delinquentes sobre como funciona dita criptomoeda.

O governo da Província do Chubut na Patagônia argentina, é proprietário da conta pirateada. No breve comunicado, o governo regional confirmou que sua conta oficial na rede social foi hackeada e que suas mensagens postadas “não refletem a opinião do Poder Executivo Provincial”. Notificaram também a abertura das investigações para encontrar os autores do fato. Embora não esclarecem se conseguiram neutralizar o ataque cibernético.
Bitcoin por um magnicídio?
As maiorias dos criminosos que envolvem a bitcoin em suas operações o fazem sob o conceito errado de que bitcoin é anônimo. Não obstante, embora seja verdade que a criação de uma carteira de criptomoedas não implica revelar dados pessoais, o Bitcoin funciona numa blockchain pública, onde dados como datas, montantes e carteiras envolvidas são visíveis para qualquer pessoa com acesso à Internet.




De fato, uma série de operações das autoridades policiais espanholas e da Europol conseguiram desmantelar as bandas de lavagem de dinheiro e fraude, que tentavam usar o bitcoin para dificultar seu rastreamento. Isso, apesar de que algumas inclusive operavam em conjunto com as redes internacionais.
No caso dos hackers na Argentina, perante a solicitude de um crime grave como o magnicídio, sobre o qual muitos Estados aplicam as maiores sentenças, qualquer pagamento com bitcoin poderia conduzir ás autoridades aos autores intelectuais.
Vários estudos realizados a nível global tem concluído que o bitcoin não é uma opção para os criminosos, por a facilidade de rastreamento das transações em sua blockchain. Algumas destas investigações têm sido realizadas por entidades como o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a DEA, e o Parlamento Europeu. Em todos os casos se conclui que o meio preferido pelos criminosos é o dinheiro em físico.
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Traduzido de: CriptoNoticias.