A casa de câmbio de criptomoedas Buda, retomará as operações com pesos colombianos nas próximas semanas. A plataforma terá as licenças apropriadas do governo do país sul-americano, conforme um diretivo da companhia. Este último não foi confirmado pelos representantes do governo colombiano.
CriptoNoticias conversou com o gerente regional do operador na Colômbia, Alejandro Beltran, quem explicou que os colombianos contarão novamente com o Buda como uma opção para trocar criptomoedas para a moeda legal na Colômbia: “Continuamos trabalhando e continuamos aqui”, asseverou ele.
De acordo com o executivo, as conversações com o governo foram prorrogadas por vários meses, completando um processo de “sensibilização” tanto com empresas privadas como no setor público. “Estivemos mais de 8 meses socializando e conscientizando. Relacionando-nos com as entidades públicas e privadas”, assinalou Beltrán.
Mas por que a Colômbia? Para Beltrán, é um país “muito importante” na região, com alta demanda por criptomoedas.
Nós nos lançamos novamente porque a Colômbia é um lugar muito importante no ecossistema Latino-americano. O volume das operações na Colômbia e a alta demanda põem a Colômbia como o lugar mais interessante em nossa região.
Alejandro Beltrán, Country Manager, Buda.
Além disso, a comunidade de usuários também está envolvida. Segundo Beltrán, eles receberam uma resposta grande das pessoas, tal como mostras de apoio “que nos fez pensar que vale a pena volver a abrir operações”, enfatizou.
Beltrán não ofereceu maior informação sobre as comissões e limites das operações que poderão realizar-se com pesos na plataforma. “Nós estaremos fornecendo detalhes sobre as formas de negociação e as integrações transacionais na próxima semana”, sublinhou Beltrán.
Até agora, o governo liderado por Iván Duque não ofereceu uma versão oficial das negociações, nem das condições das reuniões mantidas com Buda ou outra casa de câmbio no país.
Recentemente, o Congresso rejeitou um projeto de lei para regular as criptomoedas, de modo que não está claro qual é o quadro legal que terá que cumprir Buda, nem se seu acordo com o governo inclui cláusulas de flexibilidade sobre o possível advento de novas regulamentações.
Convém lembrar que Buda passou por uma série de dificuldades na Colômbia, associadas especialmente aos serviços bancários. Em junho de 2017, o banco Davivienda fechou sua conta bancária sem prévio aviso e a partir de então, começou um conflito que se foi agravando, levando-os a fechar operações na Colômbia em agosto de 2018.
Buda concentrava o maior volume de intercâmbio do país antes de fechar. Sua reincorporação ao mercado pode ter uma influencia positiva no ecossistema colombiano, especialmente porque a Colômbia é um dos países com maior interesse nos criptoativos da região.
O país sul-americano tem importantes cifras de intercâmbio de bitcoins através de localbitcoins.com, além de uma comunidade muito ativa de empreendedores e entusiastas da tecnologia, e já tem sido sede de vários eventos de importância.
Imagem destacada por chokniti / stock.adobe.com
Traduzido de: CriptoNoticias.