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Desenvolvedores de qtum (QTUM) realizaram o primeiro intercâmbio atômico entre esta criptomoeda e bitcoin (BTC). Para isso se valeram de características que ambas as cadeias de blocos compartilham e facilitam a realização deste tipo de procedimentos.
De acordo com a informação difundida por Qtum em seu blog corporativo, hoje quarta-feira 9 de janeiro, este intercâmbio atômico entre cadeias de blocos cruzadas (cross-chain atomic swap) foi possível graças ao uso de scripts (arquivos de ordens) e contratos HTLC (Hash Time-Locked Contracts). A publicação também explica que o intercâmbio se implementou como uma prova de conceito (PoC) baseada na informação facilitada por Decred em seu repositório em GitHub.
Os HTLC — de acordo com o anúncio de Qtum— são a forma mais segura de implementar este tipo de intercâmbio de criptomoedas. Isto se deve ao uso de contratos temporais, nos que se estabelecem parâmetros que permitem reverter uma transação se uma das partes não cumpre com o acordo. Deste modo, se podem bloquear os fundos numa operação durante o tempo suficiente para que as duas cadeias de blocos possam confirmar a transferência dos fundos acordados. Portanto, se for cumprido o tempo preestabelecido e uma das partes não tem reclamado seus fundos, estes são devolvidos automaticamente aos seus donos originais.
Qtum ilustra como se realiza o processo do intercâmbio atômico mostrando como exemplo uma transação entre duas personagens fictícias (Alicia e Bob). Ao respeito, acrescentam que a operação se realiza mediante os scripts de pagamento de Bitcoin:
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Há dois tipos de scripts que constroem o processo de validação de transações: um script de bloqueio e um script de desbloqueio. Um script de bloqueio é uma condição de gasto colocada numa saída. Um script de desbloqueio é um script que “resolve” ou satisfaz as condições postas numa saída por um script de bloqueio e permite que a saída se gaste.
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AVANÇOS DOS INTERCÂMBIOS ATÓMICOS
Os intercâmbios atômicos entre cadeias são soluções que permitem intercambiar uma criptomoeda por outra, sem necessidade de recorrer a terceiros ou à infraestrutura de uma casa de câmbio centralizada.
Estes intercâmbios se têm popularizado muito nos últimos tempos, ainda que fossem propostos desde 2012. Entre seus avanços destacados se encontram os intercâmbios entre as cadeias de Zcash e Bitcoin, bem como entre Litecoin e Decred, que impulsionaram um maior interesse dentro do ecossistema. Também, os desenvolvedores do projeto de nós completos Bcoin lançaram uma aplicação em novembro de 2018 para executar intercâmbios atômicos entre Bitcoin e Bitcoin Cash.
Esta aceitação do protocolo abre novas possibilidades para as transações descentralizadas entre criptoativos diferentes, sem a participação de intermediários. No entanto, ainda é uma tecnologia em seus inícios, com muito desenvolvimento pendente antes que se torne comum no ecossistema.
Por tais razões, algumas de suas características ainda dificultam sua adoção massiva, pois se precisam certas habilidades para sua programação. A isso se somam limitações vinculadas à compatibilidade entre os algoritmos hash das criptomoedas envolvidas no intercâmbio, bem como a possibilidade de ambas de suportar contratos de bloqueio temporais (HTLC).
Com respeito às desvantagens presentes nos intercâmbios atômicos atualmente, a equipe de Qtum expõe a necessidade de uma ferramenta de ajuste de preços, que permita que ambas as partes negociem os montantes em tokens que serão trocados.
O tempo de confirmação é outra limitante, já que está limitado pelo lapso de confirmação da transação em ambas blockchains; razão que faz estas transações mais lentas do que fossem numa plataforma centralizada. No entanto, também considera que, à medida que a tecnologia e o criptomercado amadureçam, os intercâmbios atômicos terão mais cénarios de aplicação.
Imagem destacada por: Sergey Nivens / stock.adobe.com
Traduzido de: CriptoNoticias
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