O grupo de nações que conformam o G20 tem reafirmado que se alinhará às normas contra a lavagem de dinheiro (AML) e a luta contra o financiamento do terrorismo (CTF) que o Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF) que finalizará neste mês.
Durante o fim de semana, os ministros de finanças e os representantes dos bancos centrais do G20, se reuniram em Fukoka, Japão, e comprometeram-se a aplicar estas regras. Assim relatou um comunicado publicado no domingo na website do Ministério de Finanças de Japão.
Espera-se que os padrões ditados pela FATF estabeleçam procedimentos operativos rigorosos para as criptobolsas, que irão além das regras de conhece ao teu cliente (KYC) que a maioria delas já aplicam. Ademais da verificação e do registro da identidade dos usuários, as criptobolsas e outros provedores de serviços teriam que compartilhar entre eles a informação dos usuários ao transferir os fundos, tal como os bancos fazem, num procedimento conhecido nos Estados Unidos como «regra de viagem».
Chainalysis, firma dedicada a investigações relacionadas com a indústria blockchain, argumentou recentemente que as normas que se aplicariam, conforme um rascunho do documento apresentado em fevereiro, são pouco realistas e resultarão prejudiciais para o ecossistema.
Não obstante, o G20 reconhece o potencial que teria esta regulação, e considera que a ameaça aos criptoativos é baixa. No comunicado, o Grupo disse:
As inovações tecnológicas, incluídos os criptoativos, podem oferecer significativos benefícios ao sistema financeiro e à economia em geral. Conquanto, os criptoativos não representam uma ameaça para a estabilidade financeira mundial neste momento, nós nos manteremos atentos aos riscos, incluídos os relacionados à proteção do investidor e o consumidor, a lavagem de dinheiro (AML) e a luta contra o financiamento do terrorismo (CFT).
G20.
Também estão procurando medidas adicionais, pedindo à Junta de Estabilidade Financeira (FSB) e aos «outros organismos normativos para monitorar os riscos e considerar o trabalho em respostas multilaterais adicionais, conforme seja necessário». O G20 aprovou o diretório de reguladores para os criptoativos, publicado em abril, o relatório sobre o trabalho que se está realizando, enfoques regulamentares e potenciais brechas na regulação dos criptoativos.
Finalmente, abordando o tema dos hackeos no ecossistema, o G20 disse:
Também continuamos intensificando os esforços para melhorar a resiliência cibernética, e celebramos o progresso na iniciativa do FSB para identificar práticas efetivas de resposta e recuperação de ataques cibernéticos.
G20.
Versão traduzida do artigo de Daniel Palmer para Coindesk.
Traduzido de: CriptoNoticias
Imagem destacada por Maksym Yemelyanov / stock.adobe.com