[et_pb_section bb_built=”1″][et_pb_row][et_pb_column type=”4_4″][et_pb_text _builder_version=”3.19.7″]
Durante os últimos cinco anos, a escalada do conflito político na Venezuela impactou dramaticamente ao campo econômico e, como consequência, ao tecido social.
Em cinco anos, a recessão alcançou 56% e ainda não há sinais de que a situação possa ser revertida em curto ou médio prazo. Milhões abandonaram o país, enquanto outros têm utilizado as criptomoedas – em especial bitcoin- para superar a crise.
O que parece ser um labirinto sem saída, é derivado de um coquetel nocivo que inclui hiperinflação, contração na produção de petróleo, sanções internacionais, escassez de alimentos, medicinas e nulo poder aquisitivo. Têm sido precisamente os últimos anos os de maior demanda de BTC no país, cifras que podem comprovar-se em LocalBitcoins.
Se a situação já parecia desoladora, agora com dois presidentes ganhando o controle do país, o cenário político e financeiro é ainda mais obscuro.
A proclamação de Juan Guaidó como presidente encarregado de Venezuela, desconhecendo ao Nicolas Maduro, e o juramento desse último, perante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), para um novo período presidencial poderia incidir numa maior comercialização de criptoativos no país, o qual aceleraria uma eventual adoção das criptomoedas entre os venezuelanos.
Isso incluiria uma maior quantidade de estabelecimentos que aceitam criptoativos como forma de pagamento (em recusa ao desvalorizado Bolívar soberano), um incremento na quantidade para redimir e uma maior aceitação como retribuição por serviços professionais prestados.
COLAPSO DE MOEDAS NACIONAIS
A lógica indica que, num país com hiperinflação ou com um colapso do valor de sua moeda nacional, os cidadãos procuram moedas de maior força ou criptomoedas, a fim de manter seu capital em resguardo. Assim se evidenciou na Turquia, em agosto do ano passado, quando uma queda da lira turca aumentou o intercâmbio de criptomoedas nas casas de câmbio locais.
No caso venezuelano pode afirmar-se que bitcoin destaca como resguardo de valor porque, apesar de sua tendência de queda nos mercados, é visto como uma alternativa válida para manter os fundos afastados do fenômeno inflacionário.
Historicamente, Venezuela se localiza como uma das nações onde mais BTCs são trocados. De fato, o país ocupa o segundo lugar, em escala global, na plataforma descentralizada Localbitcoins. O degrau se alcançou no final de 2018, um ano em que a inflação local subiu até 1.299.724%, conforme cifras interanuais da Assembleia Nacional.
Agora, para 2019, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) preveem que a hiperinflação rondará a inédita cifra de 10.000.000%, um fato sem precedentes na Venezuela e historicamente uma das mais altas a nível mundial. De fato se deduz que há altas probabilidades de que o intercâmbio de BTC continue marcando novas cimas nos próximos 12 meses.
Neste ponto é importante mencionar que as considerações do FMI e as previsões que tem feito outros analistas, foram anunciadas antes do conflito Maduro-Guaidó, ou seja, que agora há outros elementos a considerar.
Isto sem mencionar os anúncios de Maduro cada vez mais frequente, de aumentar o salário mínimo mensal dos trabalhadores, um aspecto que antes de resolver o que acontece, acelera o aumento dos preços.
Embora o cenário se mostre complicado, no qual os venezuelanos continuem refugiando-se em bitcoin – e nas criptomoedas em geral- demostra o interesse ativo que têm sobre os criptoativos, algo que provavelmente continue expandindo nos próximos meses.
Imagem destacada por Alexey Novikov / stock.adobe.com
Traduzido de: CriptoNoticias
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]