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O governo sul-coreano estabeleceu nesta segunda-feira que cobrará um imposto de até um 24.2% dos ganhos locais e corporativos alcançados durante o 2017 por parte das casas de câmbio de criptomoedas.
Logo de que no final de dezembro a Comisão de Comércio Justo de Coréia do Sul inspecionara as 13 principais casas de câmbio do país, o principal mercado de criptomoedas do mundo se viu envolvida num ir e vir de discussões regulatórias, investigações a casas de câmbio e boatos de fechamento definitivo dos criptomercados no país. Embora o parlamento ainda não deu resposta oficial sobre o fechamento total ou parcial das casas de câmbio, um representante do Ministério de Estratégia e Finanças estabeleceu no dia de hoje que o Estado exigirá um imposto de 22% por ganhos corporativos e 2.2% por ganhos locais em relação a seus rendimentos do ano passado.
As casas de câmbio de criptomoedas deverão pagar ambos os impostos ao final de março e abril, respectivamente. Isto em caso que tenham ganhado mais de 20 bilhões de wones (18.8 milhões de dólares) no 2017. E ao ser Sul-Coréia o lar das principais casas de câmbio de criptomoedas do mundo –com aproximadamente 2 milhões de pessoas com investimentos em criptomoedas- seus ganhos excedem mais do esperado em ditas cifras.
Conforme dados tomados de Yujin Investment & Securites pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, se espera que Bithumb –principal casa de câmbio de criptomoedas do país- pague ao Estado um total de 60 bilhões de wones (56 milhões de dólares) em impostos; ao seus ganhos superar os 317.6 bilhões de wones em 2017. É provável que o resto das casas de câmbio que manejam altos volumes de intercâmbio tenham que pagar quantidades semelhantes.
USUÁRIOS TERÃO QUE REVELAR SUA INFORMAÇÃO FINANCEIRA
Mas provavelmente as casas de câmbio não sejam as únicas que terão que pagar impostos por operar com criptomoedas em Coréia do Sul. No passado domingo 21, Yonhap relatou que as autoridades financeiras do país planejam exigir às casas de câmbio de criptomoedas que compartilhem a informação financeira de seus usuários com os bancos do país, provavelmente para estabelecer uma taxa tributária para as transações.
O jogo cada vez se vê mais fechado para os usuários de criptomoedas em Sul-Coréia. Atualmente, os bancos do país têm proibido oferecer contas virtuais a usuários individuais, as quais costumam utilizar-se para a compra/venda de criptomoedas no país. E as contas bancárias associadas a casas de câmbio que já têm sido abertas se encontram atualmente sob inspeção do Serviço de Supervisão Financeira com vistas a detectar vínculos com atividades ilegais e legitimação de capitais. Neste sentido, também se proibiu abrir contas anónimas nas casas de câmbio de criptomoedas desde finais de dezembro.
Essas medidas estarão vigentes até que os bancos instalem um sistema que assegure que unicamente as contas bancárias com nomes reais -que necessariamente coincidam com as contas nas casas de câmbio- serão usadas para depósitos e retiros de criptomoedas. Este sistema poderia começar a funcionar no final de janeiro ou começos de fevereiro, conforme afirmaram as instituições financeiras.
Todas estas medidas têm sido tomadas pelo suposto medo das autoridades sul-coreanas de que o criptomercado represente uma bolha a ponto de explodir. Isto tem derivado em dúvidas e vendas nervosas entre os comerciantes de criptomoedas, pelo que Sul-Coréia tem sido assinalada como a causante dos últimos altos e baixos nos preços do criptomercado. Apesar deste suposto interesse governamental de proteger a seus investidores, as mesmas autoridades financeiras do país têm sido acusadas de utilizar informação privilegiada confidencial para comerciar com criptomoedas e beneficiar-se da incerteza que se vive na atualidade.
A CONFIANÇA NAS CRIPTOMOEDAS PERSISTE EM CORÉIA DO SUL
Os sul-coreanos têm encontrado nos criptoactivos uma via para fazer dinheiro que, de outra forma, não tivessem podido arrecadar. É por isto que milhares de usuários do país têm assinado uma carta para o governo que lhe pede “não acabe que seu sonho feliz”, a qual o governo ainda não tem respondido.
E conquanto o panorama atual fomentado pelo governo tem gerado instabilidade e dúvidas entre os comerciantes de criptomoedas, os volumes de intercâmbio no país conservam altos níveis, com Bithumb e Upbit liderando o primeiro e terceiro lugar, respectivamente, de volumes de intercâmbio no criptomercado.
Do mesmo modo, OkCoin, a que fosse uma das maiores casas de câmbio do antigo líder do criptomercado, ou seja, China, anunciou que começaria suas operações de intercâmbio em Coréia do Sul a partir de fevereiro. Seu CEO, Cho Jung-hwan assegurou que vêm “preparando este lançamento desde há algum tempo, assim que que não terá problemas”, em relação às recentes medidas governamentais em Coréia do Sul.
Assim, parece que apesar da ferocidade regulatória que tem empreendido o governo do país asiático, os usuários de criptomoedas continuam confiando na prosperidade do mercado e seguirão comerciando contra vento e marés até que medidas de força maior o detenham. Mas tal como sucedeu com o fechamento das casas de câmbio chinesas, o mais provável é que os comerciantes de criptomoedas migrem suas operações a mercados mais favoráveis como o de Japão.
Traduzido de: CriptoNoticias
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